O eleitor, de forma soberana, reservou a Cássio Cunha Lima o papel de oposição ao governador Ricardo Coutinho. Essa foi a vontade das urnas, apesar de ter sido influenciada pelo intensivo uso da máquina pública e o forte poder financeiro que possuía (e possui) o líder do PSB.
Fazer oposição por si só já é um grande desafio. Quase a metade do eleitor paraibano conferiu esse papel a Cássio, que já fez oposição a Maranhão e Roberto Paulino, sempre da maneira mais responsável possível. Porém, o maior desafio de Cássio é fazer a sociedade acreditar, novamente, no discurso da oposição.
PMDB e PT vulgarizaram a relação Oposição X Situação na Paraíba. Ambos, na primeira oportunidade, correram para Granja Santana e se serviram do farto cardápio de frutos do mar. E sem o menor pudor! Inclusive, PT e PMDB competiram, no subterrâneo das alianças, para ver quem primeiro abraçava o governador.
PMDB fechou o acordo antes, mas o PT foi mais sabido. Antecipou-se e pulou para os braços de Ricardo, forçando assim a candidatura laranja de Vitalzinho.
O tempo mostrou que PT e PMDB fizeram oposição a Ricardo Coutinho mais por inveja do que por princípios. O que eles queriam mesmo era se acostar ao poder. O PMDB local agora segue a mesma prática do PMDB nacional; o toma lá, dá cá. Não sabe conviver longe do poder.
Cássio e seu grupo terão que buscar a confiança da sociedade e, diferente do PMDB e PT, fazer uma oposição de verdade, com princípios e um discurso coerente. Uma oposição que não se vende diante da primeira migalha oferecida pelo governante de plantão.
Muitos podem discordar desse pensamento e também taxar Cássio Cunha Lima de incoerente pelo rompimento com RC. Mas o rompimento é um movimento intrínseco à política. Diferente da união de oposição e situação às vésperas de uma convenção.
Click no link e assista o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=OYfWmO9M6Ck&feature=youtu.be
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